Micróbios que digerem plástico em baixas temperaturas são descobertos nos Alpes e no Ártico

Micróbios que podem comer plástico em baixas temperaturas, tornando-os mais econômicos do que os atuais, foram encontrados nos Alpes.

Vários microorganismos capazes de destruir polímeros plásticos já foram descobertos. Como resultado, as empresas aderiram à bioengenharia das enzimas encontradas em várias bactérias e fungos como forma de combater a poluição plástica.

Mas a indústria tem sido limitada pela necessidade de aquecimento, já que os já descobertos exigem temperaturas artificialmente altas para funcionar, tornando o processo caro e não neutro em carbono.

Agora, o Instituto Federal Suíço WSL descobriu que os executores mais eficazes eram dois fungos dos gêneros Neodevriesia e Lachnellulam, que eram novos e funcionavam a apenas 15 graus Celsius, ou 60 graus Fahrenheit.

Eles são capazes de digerir poliéster-poliuretano biodegradável (PUR) e duas misturas biodegradáveis ​​comercialmente disponíveis de polibutileno adipato tereftalato (PBAT) e ácido polilático (PLA).

Mas o estudo foi muito além, encontrando um total de nove fungos e oito espécies de bactérias de vários gêneros que foram capazes de digerir PUR, e um total de 14 fungos e três bactérias conseguiram comer misturas de PBAT e PLA.

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O PUR é mais comumente usado em têxteis artificiais, enquanto o PBAT é amplamente usado nas indústrias para embalagens, e o PLA é encontrado em aplicações biomédicas, como produtos de administração de medicamentos e suturas.

"Aqui mostramos que novos táxons microbianos obtidos da 'plastisfera' de solos alpinos e árticos foram capazes de decompor plásticos biodegradáveis ​​a 15°C", disse o primeiro autor Dr. Joel Rüthi, da WLS. “Esses organismos podem ajudar a reduzir os custos e a carga ambiental de um processo de reciclagem enzimática de plástico”.

“Foi muito surpreendente para nós descobrirmos que uma grande fração das cepas testadas foi capaz de degradar pelo menos um dos plásticos testados”.

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Durante a busca por um micróbio capaz de digerir no frio, a equipe estudou 19 cepas de bactérias e 15 fungos que crescem em plástico deixado para trás ou intencionalmente enterrado na Groenlândia, Svalbard e Suíça.

Na Suíça, os resíduos foram coletados no cume do Muot da Barba Peider no vale Val Lavirun, ambos na região de Graubünden.

Os cientistas permitem que micróbios isolados cresçam como culturas de cepa única em um laboratório escuro. A 15 graus Celsius, técnicas moleculares foram usadas para identificá-los.

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No total, 59% das cepas, incluindo 11 fungos e oito bactérias, conseguiram digerir PUR a 15 graus no estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology.

"O próximo grande desafio será identificar as enzimas que degradam o plástico produzidas pelas cepas microbianas e otimizar o processo para obter grandes quantidades de proteínas", disse o co-autor Dr. Beat Frey, também da WSL. "Além disso, outras modificações das enzimas podem ser necessárias para otimizar propriedades como a estabilidade da proteína".

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